sábado, maio 07, 2011

Amnesia: The Dark Descent

Eu não gosto de jogos de terror. Aliás, até gosto mas não jogo porque não tenho coragem. Acontece que esse jogo eu não joguei sozinho. Um amigo meu havia comentado que tinha baixado o jogo mas que era meio medroso para jogar. Falei que também era, e ele falou então que deviamos jogar juntos. Chamamos mais um amigo, porque quase sempre estamos juntos, e nós três começamos a jogar juntos. De jogo de terror antes eu só havia jogado Residente Evil (quando ainda era terror) e Silent Hill Shattered Memories (que tentei jogar sozinho e não finalizei por medo). De longe, Amnésia é o pior de todos. Sua história é... elaborada digamos. Não apela para o terror e te deixa com vontade de jogar mais não para tomar sustos, e sim para continuar entendendo a história.



Amenesia: The Dark Descent

Jogar com três pessoas faz do jogo bem menos assustador, o que era bom. Revesávamos a vez de quem deveria jogar mas acontece que sou realmente muito medroso para esse tipo de jogo e acabei só jogando em duas ocasiões distintas. Não darei nome a quem jogou porque realmente não é importante para o que eu quero guardar escrevendo agora.

O jogo é em primeira pessoa e você controla o Daniel. Daniel acorda e não sabe onde está. Se levanta e olha para frente, onde vê uma um papel com coisas escritas. Uma nota. A nota foi escrita por você mesmo e diz que você havia tomado uma poção de Amnésia para esquecer as coisas. Daniel diz também que existe uma sombra que te persegue e não há nada que você possa fazer sobre isso, também pergunta sobre o nome "Alexander de Brennenburg" ainda te traz raiva. Seria bom sentir sentir, pois Daniel diz que ele deveria matá-lo. Daniel diz que você achará explicações, mas que por enquanto você deve matar o Alexander. Diz que o corpo dele é velho e debilitado e o seu jovem e forte. Para finalizar diz para você seguir uma trilha de gosma.

O jogo se passa em um castelo que, mais tarde se descobrirá, (não me lembro se está escrito na primeira nota) é o castelo do Alexander de Brenneburg. O castelo é bem grande e há áreas trancadas. O jogo não é por fase e nem linear. Há um limite de espaço que você pode explorar até acontecer um certo evento que te deixará trancado na nova área. O jogo conta também com o seu diário de anotações, as suas "missões" que nada mais são que constatações que o Daniel faz e para onde ele deve ir, e seu inventário. No inventário existe uma foto de um coração, mostrando a sua saúde e outra barra mostrando a sua sanidade. Perder vida não é nada demais, digamos assim, apenas que quando a sombra te encontrar vai te matar mais rápido. Perder sanidade, por outro lado, é muito mais divertido. Todo o jogo fica esquisito. A câmera começa a se mexer sozinha, as vezes baratas passam pela tela, dá-se todo um efeito como se o Daniel estivesse drogado, quando ele está só ficando louco. Sua aumenta conforme você faz progresso na história do jogo.

O modo mais fácil de deixar o Daniel louco é encontrar a sombra (que não é bem uma sombra, é um monstro). A sombra, entretanto, não está dando sopa por aí, então o outro jeito de ficar louco é ficar em local sem iluminação. Ficar em lugar sem luz não te deixa no último nível de loucura, que dificulta bastante jogar, mas te deixa um pouco louco. As vezes é necessário para se esconder da sombra ficando em local muito escuro, até a sombra passar, ao menos. Você, porém, conta com uma lamparina a óleo e fósforos para acender os diversos pontos do castelo, como tochas na parede, lamparinas no teto ou velas nas mesas.

Ao continuar jogando, você vai encontrando mais notas e elas começam a revelar o enredo. Começando pela viagem de Daniel à Argélia.

O jogo se passa em 1800 e pouco, diga-se de passagem. Sim, é um jogo "de época".

Daniel participa de uma expedição à Argélia com um professor cujo o nome eu não me lembro. Como era corriqueiro daqueles anos, as expedições possuíam um guia local, assim como vários carregadores e serviçais. Durante a expedição eles encontram uma tumba. Todos entraram e começaram a explorar. Daniel foi a frente em uma certa parte e acabou preso em um local. O local era todo preto e possuía apenas uma luz azul em seu centro. Daniel caminhou até a luz azul e sentiu uma sensação de bem-estar. Nesta luz azul, ele encontrou uma orbe. De repente Daniel desmaia. Acorda muito tempo depois. O professor disse que ele ficou preso por uma hora na tumba, enquanto Daniel sentiu que foram apenas cinco minutos. O professor fica preocupado e manda Daniel de volta para sua casa, na Inglaterra.

O que escrevo é na ordem cronológica que vem na minha cabeça, mas de qualquer forma continuemos.

Daniel escreve outra nota. Nesta nota diz que a orbe está quebrada e que ele tenta concertá-la. Não consegue. Se pergunta como aquela orbe perfeita podia estar agora em pedaços na sua mesa. Comenta também que anda tendo pesadelos terríveis e que fica com medo de dormir de noite, que vai procurar um médico mais tarde.

Em outra nota.

O professor diz que os homens estão com mais medo que nunca, depois que Daniel foi embora. Diz que algo está matando os participantes. O professor, irritado com tanta crendice, mata um dos serviçais para manter todos na linha.

No jogo você simplesmente está resolvendo alguns puzzles enquanto avança na história. A história é contada através das notas que você encontra. Então o que eu basicamente vou falar são sobre elas.

Daniel procura um médico mais tarde e descobre que prescreve um remédio para dormir. Este não adiantou. Descobriu também que o professor na Argélia morreu de forma misteriosa (Agora não me lembro se foi agora que ele pegou a orbe, ou se a levou antes) e que os pertences dele estava ali. Na nota que Daniel lê, ele comenta sobre uma nota que o professor deixou falando sobre o que houve. A morte misteriosa dos homens da expedição. Mais tarde também descobre que o médico que ele havia ido fora achado morto.

Daniel começa a temer por si mesmo e recebe uma carta. A carta vem de Alexander de Brenneburg. A carta, sob as palavras de Daniel, fora que mais lhe deu conforto, mas também a mais assustadora. Alexander diz que sabe o que Daniel está passando e que ele deve ir visitá-lo em Brenneburg (que fica na Prússia), que ele pode protege-lo. Daniel começa então a se prepara para ir para a Prússia.

Depois de encontrar todas essas notas, uma sequência de eventos no jogo te levam para a próxima área. Não me lembro de notas específicas de lá, mas jogando foi uma das mais assustadoras. A parte do castelo em que você estava estava alagada, e na água havia um monstro invisível, mas que podia ainda te matar. Você tinha apenas sua lamparina e a promessa de que ela em breve acabaria. Ao cair na água, o monstro começava a perseguição. Existiam muitos caixotes por lá, então dava para se salvar com agilidade o bastante. A água era o bastante para cobrir metade de uma caixa, então Daniel não nadava. Eu diria que foi onde menos exploramos no jogo todo. Era muita tensão aquela parte.

Passamos a próxima.

Era um hall. Duas escadas que se encontravam subindo do seu ponto de vista e duas portas. Mais dois caminhos na parte de baixo (três se contar o caminho do qual você veio) somando tudo eram quatro possíveis caminhos. Desses locais, eu joguei no mais assustador. A sala possuía uma escuridão fora do normal, e Daniel até faz essa observação em seu diário. Lá encontrei a sombra uma vez, tive de preparar um explosivo para desobstruir uma parte travada e encontrei manivelas para concertar o elevador. No quarto de hóspedes encontramos o monstro uma vez também. O certo era se esconder no armário que havia lá, mas acabamos saindo correndo da sala e entrando de novo.

Parágrafo para não ficar tão gigante.

O monstro havia sumido. Não foi daquela vez, mas tinha uma chave atrás de um quadro, que pegamos mais tarde. Na sala de estudos não era bem uma sala de estudos. Era um hall com várias salas. Havia um medo constante de encontra o monstro em cada esquina, e sentíamos que isso iria acontecer a qualquer segundo. Não aconteceu. Exploramos tudo que havia, mas não encontramos o que uma outra nota dizia. A nota dizia que uma peça para concertar o elevador estaria lá. Tivemos de recorrer à internet. Li apenas o começo e mostrei o que deveríamos fazer. Quebramos uma janela e andamos no parapeito dela. Na sala de estudo antes da janela tinha uma área obstruída, ao passar pelo para-peito da janela, contornamos. Lá estava a última peça que faltava do elevador. Podíamos avançar novamente.

Voltando para as notas.

Daniel chega a Brennenburg. O barão (sim, Alexander é um barão) mostra-se uma pessoa muito gentil e atenciosa. Diz que ele terá que passar por um treinamento para a sombra para de persegui-lo. Daniel, desesperado, aceita. O que ele não sabe, é que ele não pode fazer nada contra a sombra. O barão espera apenas tomar o poder da esfera para si.

Começam o treinamento com a esfera. A mesma sensação que Daniel sentiu dessa vez, sentiu com o barão. Mas o bem-estar deu lugar a um mal-estar e Alexander interrompe o ritual. Diz que Daniel deveria estar mais pronto.

Não me lembro como nem quando, mas Daniel passa a ter que torturar alguns prisioneiros do barão. O barão diz que é para afastar a sombra. Também que, ao torturar uma pessoa, pode-se colher a Vitae, algo muito importante para a fabricação de um tal tônico.

Ao ler mais notas descobre-se que o barão já vive a mais tempo que se espera para uma pessoa normal, faz parte de uma organização chamada Águia Nogra (mas nem diz o que essa organização fala), as pessoas olham para ele, sabendo que ele é o mesmo que ajudou os avós e pais dos membros a organizar a organização (lol). Daniel, aparentemente, quer resgatar se juntar a alguém que um dia fora muito importante para ele. Uma mulher. Mas nenhum grande explicação sobre ela, só que é por isso que Alexander tortura os prisioneiros para colher a Vitae e por isso que está usando de Daniel e o poder da esfera.

Quanto ao jogo.

Fomos à sala do elevador, e o concertamos. Era uma sala bem iluminada.

Algo que eu esqueci de mencionar. Ao concluir todas as "missões" da área disponível, tudo começa a se encher de uma "gosta" estranha e rosa, de um material com uma textura parecida com a da pele humana. A gosma começa a preencher tudo e você, que está na última área disponível, não tem escolha se não correr para a próxima área. A única vez que isso não acontece é na segunda área, que é a da água.

Era uma sala bem iluminada, então sem monstros. Entramos no elevador e descemos até a prisão. A prisão estava vazia. Aliás, a única figura humana que você vai encontra no jogo todo é o Alexander. O elevador continuava meio defeituoso e acaba dando pane, travando e despencando com você até lá em baixo, na prisão.

Mais puzzles e encontros com a Sombra. Lá, através das onipresentes notas, Daniel descobre mais sobre o barão e o que ele faz. Sobre a inteligência do Barão e de como ele administra o seu castelo.

Ah-, antes, ainda na parte que eu joguei na sala das máquinas (não é esse o nome... eu não lembro dele, então vai ficar assim mesmo) encontra-se uma nota de um funcionário do castelo. Ele tratava de pegar pessoas para o barão na cidade, para o barão realizar os seus experimentos. Nunca havia feito perguntas e, uma vez, ao ser convidado, e seus funcionários, para tomar vinho na despensa foi envenenado pelo barão e todos morreram presos na dispensa.

Daniel leva uma boa vida no castelo. Faz as suas sessões de tortura para colher a Vitae e assim mantém afastado a sombra. Não por muito tempo, na verdade.

Dado um certo momento Daniel descobre que quem ele anda torturando não são apenas criminosos, mas que muito são inocentes. Ele havia se tornado em um monstro quando começou a torturar pessoas inocentes. Quando pensava que elas eram criminosos acreditou que não tinha problema, mas quando viu que eram criminosos, não podia perdoar o barão. Disse que ia matá-lo.

Continuando pelo jogo chegamos perto do final.

Nesta área tem algo parecido com uma das sombras que te perseguem. Este, entretanto, está acorrentado e pedi debilmente por ajuda. Diz para você girar um tal manivela para. Ao girar o monstro começa a falar. Na verdade ele não é um monstro, é, nas próprias palavras, a obra prima de criação do Alexander. Ele é uma alma presa em um corpo. Seu nome é Agrippa. Durante o jogo você encontra uma ou duas notas escritas por ele. Agrippa diz que Daniel realmente deve impedir Alexander de executar seu plano, utilizar-se do poder da esfera para abrir um portal e ir para uma outra dimensão. Não me recordo o que tem de mais nesse tal lugar, só que parece ser para onde a amada de Daniel foi. Acho que é para onde os mortos vão. E de onde a alma de Agrippa saiu para ocupar aquele corpo horrendo.

Agrippa pede para você prepara um tônico que o seu aluno, que tinha um nome bem legal que eu não lembro, faria Agrippa ficar vivo sem a cabeça para você levar a cabeça dele até onde Alexander estava e mandá-la no portal no lugar de Alexander arruinando então o seu plano. Nesta parte Daniel (das notas) começa a se dar conta que não há nada que ele possa fazer para a sombra para de persegui-lo. Que Alexander apenas o estava usando para alcançar os seus objetivos. Aí então ele resolve tomar a poção da Amnésia e deixar uma nota a si mesmo para ir matar o barão. Tomou a poção da Amnésia para esquecer todas as coisas horríveis que fez com inocentes.

Perto da parte final. Temos o Agrippa de um lado, várias portas, um corredor e uma escada. A escada de onde você veio e também salas vazias, com fósforo no máximo, onde ficavam os prisioneiros. Continua-se explorando e acha-se a nota do aprendiz do Agrippa que, me lembro agora, se chama Werner (ou algo assim). Nela diz os ingredientes do tônico, que deveriam ser algo bem fodão de se conseguir, acham-se se explorando. Encontra-se a sombra mais uma vez na Nave do castelo e descobre-se que se deve montar a orbe para ir de encontro com o Alexander.

A parte que te deixa mais mentalmente instável no jogo são as salas de torturas com seus métodos. Ao entrar o jogo começa a apitar. Lá estão as partes da orbe. As salas, entretanto, também tem uma história a contar. Conta, brevemente, o que aconteceu com a pessoa e possui um poster, rudemente desenhado, do método de tortura aplicado. Pegando todos as partes da orbe e os ingredientes para a poção voltamos ao Agrippa. Arrancamos a sua cabeça e ela vai para o inventário o/. Finalmente vamos até o Alexander.

Antes um pequeno puzzle. O puzzle não me lembro direito, mas o que me lembro é de interagir com um "espelho d'água-like" e o Daniel ficar tão louco que a câmera chega se inclinar 80º. Passado disso, vamos ao Alexander.

Ele está nu e voando, com tremendos raios em volta dele. E o jogo tem três finais possíveis. Para os raios acontecerem, existem pilares que se interligam entre o centro, onde o portal se abrirá, e o Alexander, em uma das pontas. Se você derrubar os pilares tem um final. Se não fizer nada e esperar outro final, e se colocar a cabeça do Agrippa outro.

Eu diria que, respectivamente, os finais são: médio, ruim e bom. No final médio, há toda uma retrospectiva de Daniel para ele mesmo, e seus pensamentos flutuando. E ele não se arrependendo de nada, de que ele deveria apenas matar o Alexander. É o final mais elaborado. No ruim Alexander entra no portal e vai embora. A gosma rosa que ocupa as partes anterior invade onde você está e você morre.

No bom Agrippa entra dentro do portal e você vê a parte que Daniel descreve como quando ele encontra a orbe. Agrippa conversa com Weiner, se eu bem me lembro, e pergunta se ele pode salvar Daniel. Weiner confirma e o jogo acaba.


E finalmente escrevo sobre mais um jogo. Esse não joguei sozinho, mas com companhia. É um bom jogo e gostei bastante de acompanhá-lo. Jogávamos na casa de um amigo, porque só rodava lá. O jogo todo é bom, mas o final é meio besta. Tirando o final médio, esse é bem mais legal. Não faz muito tempo que o terminei, mas só hoje resolvi escrever.

Ainda estou pensando se eu deveria escrever sobre o último livro que eu li. Quando comecei este blog fazia um certo tempo que eu tinha parado de ler, mas voltei agora e terminei o livro "A Menina que roubava livros". Eu levo realmente muito tempo para escrever, então até eu tomar coragem eu talvez tenha esquecido. Quem sabe não me bate uma boa vontade e eu não escrevo sobre ele?